Vivia dizendo que eu parecia uma pantera.
Que o andar, que os olhos.
Eu deitava a cabeça no seu ombro e miava baixinho
Vivia dizendo que eu parecia uma pantera.
Que o andar, que os olhos.
E eu me apanterava toda para agradá-lo.
Vivia dizendo. Mas só acreditei no dia
em que, saltando do armário,
cravei-lhe os dentes na carne e o devorei.
Marina Colasanti
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